Jornal Diário do Nordeste – Caderno 3, pág. 01, “Estilo de Vida, Cultura e Lazer”
Fortaleza, 10/11/1994
O jornalista Flávio Paiva promove coquetel de lançamento do CD “Rolimã” hoje na sede do CDL
O jornalista Flávio Paiva promove hoje coquetel de lançamento do CD “Rolimã” na sede do CDL – Câmara dos Dirigentes Lojistas (antigo Clube de Diretores Lojistas) – Centro – às 18h30min. O disco traz 12 composições de Flávio em parceria com diversos músicos cearenses e conta com intérpretes da nova geração cearense, entre os quais, Kátia Freitas, Edmar Gonçalves, Ricardo Black, entre outros. A apresentação do CD vai ser feita pelo músico e empresário Cláudio Lucci (não confundir com Cláudio Nucci, ex-integrante do Boca Livre), diretor da gravadora independente paulista Camerati que está lançando o disco.
Flávio Paiva é natural de Independência, mas sua introdução no meio artístico aconteceu como integrante do recém-criado Coral da Escola Técnica Federal, sob regência de Paulo Abel do Nascimento. Em 79, fundou a Cooperativa de Compositores e Poetas ao lado de nomes como Bernardo Neto, Mona Gadelha e Falcão. Como estudante de Comunicação Social já escrevia para diversas publicações independentes. Fundou o jornal Sem Regras e integrou a equipe de repórteres e articulistas do jornal “O Povo”.
Nessa época, já compunha ao lado de Falcão e Tarcísio Matos muitas das músicas que apareceram nos dois discos do brega-star – “Bonito, Lindo e Joiado” (1991) e “Dinheiro Não É Tudo Mas é 100%” (1994) – onde assina como Flávio D’Independência. Em 92, produziu o disco “América”, da cantora Olga Ribeiro, dentro das reflexões sobre os 500 anos de descobrimento do continente americano.
Cláudio Lucci é violonista, compositor e produtor musical, tendo sido parceiro de Guilherme Arantes nos tempos do grupo Moto Perpétuo, por volta de 1974. Teve músicas gravadas por Ellis Regina para quem também trabalhou como músico. Em 79, fundou a escola Camerati em Santo André (SP). Já lançou dois discos solo independente – “São Quixote” (79) e “Torre de Pisa” (84). Em 91, Lucci criou a gravadora Camerati como uma alternativa para dar vazão a produção vários artistas que não encontram espaço no esquema selvagem das grandes companhias multinacionais. O selo veio se somar a outros como Kuarup, Velas, Perfil etc.