O POVO. Quinta-feira, 4 de março de 1999
Depois de uma longa temporada morando em Brasília, a cantora Olga Ribeiro volta à Fortaleza e faz show hoje no bar Maria Bonita. Uma das vozes reveladas na safra musical cearense doas anos 80, ela apresenta canções do seu último CD “Pão e Poesia”, elem de relembrar seu primeiro trabalho solo, “Ámerica”.
Pouco antes de partir, ela costumava citar Caetano Veloso: “Eu não estou indo embora, só estou preparando a hora de voltar”. Dito e feito. Olga Ribeiro, a Olguinha, está de volta à cena artística de Fortaleza e faz hoje apresentação no bar Maria Bonita. O show é uma espécie de anúncio de chegada depois de longa temporada em Brasília e antecipa a comemoração do Dia Internacional da Mulher programada pelo bar.
Olguinha faz show acústico acompanhada de Tarcísio Sardinha (violão), Márcio Resende (sax e flauta) e Oto Jr. (percussão) e promete cardápio musical variado com canções do mais recente trabalho, o CD Pão e Poesia, ainda inédito por aqui, do LP América (1992), seu primeiro disco solo e outras do seu repertório, como “Nina” (Chico Pio/Luciano Cléver).
A apresentação de hoje tem um significado especial, mesmo que ainda não seja o show de lançamento do Pão e Poesia. “Estou de volta e essa é a maneira de dizer que estava com saudades da cidade, ao mesmo tempo que serve para dividir com os amigos o bom momento que estou vivendo”, conta. Em Brasília, ela atuava como produtora cultural no Conjunto Cultural da Caixa Econômica, o que rendeu, à ela e à equipe, o prêmio Candango de Cultura. “Sempre apostei no trabalho coletivo e atuar como produtora cultural satisfaz essa minha necessidade e ajuda no meu trabalho como cantora”, avalia.
Mesmo recém-chegada, ela já tem vários projetos em andamento. Foi convidada para fazer a produção de um filme e começa a gravar ainda esse mês o CD “Samba Lê-Lê”, com músicas infantis de autoria do jornalista Flávio Paiva. “Não dá para ser uma ostra, quando tem esse mar imenso”, aposta confiante Olga Ribeiro.