Blog A Casa do Meu Melhor Amigo, 11/11/2010
Lucas Espíndola e Rodolfo Rodrigues
Quando o Luiz Waack e eu estávamos no estúdio em São Paulo definindo o conceito do CD que iria acompanhar o livro “A casa do meu melhor amigo” ele me mostrou o trabalho do Lucas e do Rodolfo e eu não tive dúvida de que seriam eles os intérpretes do novo trabalho. Além de serem muito bons, os caras têm o perfil que a gente estava pensando, já que o livro/cd está bem na faixa de interesse das garotas e dos garotos de 8 a 14 anos, que se projetam alguns anos mais à frente nesse período da autodescoberta.
André Abujamra
O mestre Abu faz a voz e os vocais da consciência do personagem Bento, na música “Casa de Comer”. Lá de Curitiba ele chegou para dar visibilidade ao cupinzeiro em sua interpretação. Que beleza, que felicidade. Vi o André pela primeira vez com o Karnak e o cachorro que fazia parte da banda no Parque da Aclimação, em São Paulo, numa tarde de domingo, quando eu zanzava com a cantora Mona Gadêlha pela cidade. Fiquei impressionado e nunca mais me desimpressionei.
Sérgio Espíndola
A interpretação de Sérgio Espíndola, fazendo a voz do pai dos personagens Bento e Soarim, tem textura própria, tem paisagem larga e tem uma grata afabilidade. “Boa noite, nuvem” é uma canção de ninar que fiz originalmente para os meus filhos e que emprestei ao livro/cd, no jogo de dar sentido estético ao cotidiano.
www.myspace.com/sergio_espindola
Ná Ozzetti
A aura da Ná é lúdica e deixa qualquer trabalho mais brilhante. Sempre fui um apaixonado pelo timbre da sua voz, pela grandeza inabalável e sutil da sua interpretação. Tê-la fazendo a única faixa feminina do CD é um presente que compartilho com os leitores de prosa, versos e sons do livro/cd “A casa do meu melhor amigo”. A música “Tempo” na voz de Ná Ozzetti marca a fala da menina Celise em um momento de sentimentos confusos.
Edvaldo Santana
Tenho dito ao meu amigo e parceiro de uma única composição (Elevador) que ele é o maior cronista líteromusical do Brasil contemporâneo. Sua música brota da práxis social e cultural como os fatos e atos mais comuns se transmudam para ganhar grandeza e dar sentido à arte e à vida. Edvaldo dá significado ao que faz e comprova isso na interpretação da cantiga de ninar “A oração que a vovó bordou”, na qual ele representa a voz de um pai no momento que procura se reconciliar com o filho.