Dança de negros – Batuque
Alberto Nepomuceno, com letra de André Magalhães / Fanta Konatê / Flávio Paiva
Nhe uala iane Bá / Baiâmba / Ah iân silá ne telenimbe*
(Eu vou por aqui ou eu vou por ali? Este caminho aqui é o certo)
A quem pergunta de onde eu vim
E se vim de tantos lugares
Nada resta senão dizer
Batuque! Batuque!
A quem pergunta o que é que eu faço
E se danço em qualquer lugar
Remelexo de corpo e alma
Batuque! Batuque!
Sei que entendo a língua das aves
Sei que dos bichos o rastro sei ler
Decifrei sussurro do vento
Escutei mensagem da mata
Tudo no mundo fala pra mim
Tudo no mundo me conta assim.
Pere kuru pê Pêpe kuru pê
Decifrei sussurro do vento
Escutei mensagem da mata
Pere kuru pê Pêpe kuru pê
“Ah iân silá ne telenimbe”
Pere kuru pê Pêpe kuru pê
A quem pergunta de onde eu vim
E se vim de tantos lugares
Nada resta senão dizer
Batuque! Batuque!
A quem pergunta o que é que eu faço
E se danço em qualquer lugar
Remelexo de corpo e alma
Batuque! Batuque!
Tudo no mundo fala pra mim
Tudo no mundo me conta assim.
Decifrei sussurro do vento
Escutei mensagem da mata
Aluban kili maloma Ne di maloba tamá kauá lukó
(Se me chamam para ir cultivar o arroz, eu vou voando até lá)
Aluban kili tia ma Ne di ntiá ba tamá kauá lukó
(Se me chamam para ir cultivar o amendoim, eu vou voando até lá)
Aluban kili kende ma Ne di nkende ba tamá kauá lukó
(Se me chamam para ir cultivar o kendê (cereal), eu vou voando até lá)
Djembe, ah Kassa Djembe, Nhe wá le lá
(Djembê, ah Djembê do Kassá**, eu vou até aí)
(*) Citação da canção “SILÁ”, que significa “Caminho”.
(**) Kassá é o plantio ao som dos tambores.