LANÇAMENTO. Para celebrar o aniversário de um ano do O POVO +, os cronistas do jornal foram convidados para leitura compartilhada
Ana Flávia Motta
A plataforma multistreaming O POVO completa seu primeiro ano de existência nesta quinta, 13 de maio. Para celebrar a data, conteúdos especiais foram criados e um dos destaques é o “Ciranda de Cronistas”, que reúne dez cronistas do jornal impresso, sendo a maioria do Vida&Arte, para falar sobre escrita, interesses, cotidiano e seus espaços de vivência em Fortaleza.
Segundo Fátima Sudário, editora do O POVO , o impresso é um pilar muito forte do grupo, sendo um dos canais mais acessados na plataforma multistreaming, e a crônica é uma linguagem que tem mantido uma forte presença no jornal. “Nós procuramos um fragmento do impresso que fosse bem expressivo e significativo e vimos que a crônica é uma linguagem muito forte no jornal”, explica.
Em diferentes espaços, cada cronista apresenta seu sentimento ao ler o trabalho de outro colega. O projeto foi pensado para reforçar a importância das crônicas dentro da plataforma. “A crônica é um gênero que praticamente nasceu com o jornalismo e vem se consolidando cada vez mais em todas as transformações que o jornalismo vem passando”, comenta Regina Ribeiro, também editora do O POVO.
Cinthia Medeiros, editora de audiovisual, explica que há anos os leitores do O POVO têm acesso às crônicas diariamente e a ideia do projeto era inovar esse contato. “Com o vídeo, buscamos proporcionar aos nossos assinantes uma experiência para além dessa leitura cotidiana; e para os nossos colunistas um exercício para além da escrita, quase multissensorial. Foi bonito ver esses textos circularem em novas formas narrativas”, diz.
Arthur Gadelha participou da produção audiovisual e conta como foi o processo de criação do projeto. “Cada cronista se encontra em cenários diferentes. Não há um padrão de movimentação, de câmera, de cenário, a gente quis o inverso, que fosse algo com mais detalhes e cada um no seu próprio universo. Alguns estão na praça, outros em casa e alguns na redação do O POVO”, explica. Os cronistas também utilizam nos vídeos diferentes aparelhos para acessar os textos: celular, tablet, computador. A diversidade de ferramentas, temas e cenários mostra a pluralidade existente no O POVO e que busca ser divulgada nesse projeto.
Regina acredita que a crônica também é capaz de aproximar o leitor de qualquer veículo. “É uma linguagem muito direta com o leitor, é uma conversa sobre um fato, uma percepção, uma emoção do cronista, um conjunto de coisas que podem ser transformadas em linguagem escrita e numa estética muito particular”, comenta. “Espero que os leitores entrem nessa ciranda escolhendo ler mais textos desses cronistas”, diz ela.
Na ciranda, Tarcísio Matos e Flávio Paiva trocam trechos de suas crônicas e expressam em suas leituras a individualidade de cada um. “No vídeo comemorativo de 1 ano do OP tive a alegria de ler uma crônica humorística do admirável Tarcísio Matos, celebrando também quatro décadas da nossa amizade”, comenta Flávio.
Com um bom humor característico, Tarcísio se inspira no cotidiano e nos espaços que frequenta. “Eu não crio nada, tudo é o que vejo. É tanta besteira que às vezes eu fico surpreendido como eu coloco no papel”, brinca ele. O cronista também comenta sobre a experiência de ler o trabalho do amigo. “Foi uma alegria ler o trabalho de Flávio. Ali está a essência da música na vida dele, que além de cronista também é músico e compositor, e traz na crônica a presença da música em sua vida”, reflete.
Para Flávio, a crônica apresenta diferentes possibilidades na escrita. “A crônica jornalística tem a liberdade de se relacionar abertamente com outros gêneros literários. Às vezes nem sei de fiz um artigo ou uma prosa poética. O importante é que gosto da liberdade de modelar o texto conforme o magnetismo do tema sobre o qual me dá vontade de escrever”, diz.
Sobre a produção dos vídeos, Tarcísio conta que não tem muito domínio sobre os formatos audiovisuais, mas a experiência de transformar a crônica escrita em vídeo foi interessante para ele. “Uma coisa é quando está no papel, e outra é quando você interpreta. Parece que ganha muito em expressão, ludicidade, verdade, realidade, porque às vezes a leitura no papel nos estimula a guardar e quando a gente vê sendo expressado em imagens parece que movimenta, que ganha vida”, acredita ele.
Outras crônicas presentes nos vídeos falam sobre a arte de escrever, sobre a pandemia, sobre tristeza e também sobre alegria. Diferentes pessoas com diferentes histórias para serem contadas, apresentando a realidade de um serviço multistreaming que busca alcançar a diversidade de interesses existente entre os leitores.
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