A participação cultural e de cidadania de Flávio Paiva pode ser resumida em dez experiências de Cidadania Orgânica.
1979 / 1982 – Cooperativismo cultural – Flávio Paiva foi um dos agitadores da Cooperativa de Escritores e Poetas, liderada pelo poeta Farias Frazão (1950 – 1982). A CEP atuou na integração entre autores brasileiros e na promoção de espetáculos, como o show “Gritos”, de literatura e música, e até um “Festival de Poesia Maluca”.
1982 /1985 – Coletivo de comunicação – Em parceria com o brega-star Falcão, Flávio Paiva liderou uma movimentação de cultura alternativa, que contou com o fazer colaborativo de estudantes, poetas, escritores e pensadores nacionais e internacionais, materializada em uma bem-humorada revista, intitulada “Um Jornal Sem Regras”.
1987 / 1988 – Movimento civil para a ação política – Flávio Paiva participou ativamente do Movimento Pró-Mudanças (MpM), ação de cidadania liderada pelo empresário Amarílio Macêdo, que tinha como objetivo o fortalecimento da sociedade civil, no momento em que o Ceará deu um basta ao poder dos coronéis na política local. Flávio Paiva foi conselheiro eleito e editor do jornal do MpM.
1988 / 1994 – Democratização da informação – Flávio Paiva foi um dos fundadores e consultor de comunicação e cultura, do Instituto Equatorial de Cultura Contemporânea, organização da sociedade civil presidida pelo sociólogo Pedro Albuquerque Neto. O Equatorial atuou intensamente no campo da transparência, da análise e do debate público.
1991 – 2000 – Gestão compartilhada – Flávio Paiva participou do Pacto de Cooperação do Ceará, na condição de gestor de mobilização social, coordenador de comunicação e integrante, ao lado de João de Paula Monteiro, Osmundo Rebouças e Cláudio Ferreira Lima, do grupo de apoio à formulação e à articulação dessa ação de convergência de interesses entre o estado, o mercado e a sociedade civil, coordenada por Amarílio Macêdo.
1995 / 2004 – Direito de oportunidade cultural – Em parceria com o também jornalista Moacir Maia, Flávio Paiva criou e coordenou o Fórum pelo Fortalecimento da Música Plural Brasileira, que promoveu o diálogo e a aproximação entre artistas de diferentes campos estéticos e estimulou as pessoas a, independentemente de serem ou não autoras, tornarem-se multiplicadoras da música desenvolvida à margem da indústria fonográfica, sobretudo quando esta transforma duvidosas mercadorias em produtos culturais.
2006 aos dias atuais – Consumismo na infância – A atenção especial à importância da infância na evolução civilizacional está presente na produção jornalística, literária e musical de Flávio Paiva. Mas a questão do foco no combate ao consumo exagerado foi fortalecida com o convite que recebeu da educadora Ana Lúcia Villela, para participar do 1º Fórum Internacional do Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana. Em 2008, o projeto formalizou seu Conselho Consultivo, do qual Flávio Paiva é um dos membros.
2007 aos dias atuais – Valorização da Saciologia Brasileira – Estimulado pelo “saciólogo” Vladimir Sacchetta, Flávio Paiva passa a refletir e a se empenhar em movimentações de fortalecimento dos mitos populares brasileiros. Em 2007 lança o livro/cd “A festa do Saci” (Cortez Editora) e passa em seguida a integrar a Sociedade dos Observadores de Saci – Sosaci, tornando-se um dos articuladores nacionais da Festa do Saci e da campanha para que os brasileiros adotem o Saci-Pererê como mascote da Copa do Mundo de 2014.