DIÁRIO DO NORDESTE. Domingo, 5 de setembro de 2004

CHAMADA
Músicas e histórias para crianças
O jornalista Flávio Paiva lança, hoje na Bienal do Livro, mais uma obra infantil. Reunindo histórias e canções especialmente para a criançada, Flávio autografa “Flor de Maravilha e Histórias Infanto-Juvenis”. O jornalista vai debater sobre a literatura infantil no Brasil. (p. 03)

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FLÁVIO PAIVA: histórias para ler, ouvir e cantar

Mais um capítulo na obra dedicada pelo jornalista Flávio Paiva ao público infantil. Reunindo histórias e canções especialmente preparadas para a meninada, “Flor de Maravilha – Música e Histórias Infanto-Juvenis” será lançado hoje, com direito a debate, na 6a. Bienal Internacional do Livro do Ceará

“Nossa consciência é formada na dimensão lúdica. Por isso produzir para crianças é um ato de extrema sinceridade”. A avaliação é do jornalista, escritor e compositor cearense Flávio Paiva, que hoje, às 18h, no Auditório Cervantes (B2) do Centro de Convenções Edson Queiroz, apresenta ao público sua mais recente empreitada pelos caminhos do diálogo com o público infantil: “Flor de Maravilha”, projeto que inclui um livro com 20 histórias inéditas e um CD com uma canção referente a cada narrativa.

O trabalho inclui ilustrações assinadas pelos artistas plásticos Dim e Nice Firmeza, bem como partituras das canções, transcritas pelo maestro Tarcísio José de Lima, além das letras de todas as faixas, cifradas pelo violonista Tarcísio Sardinha. A interpretação das canções ficou por conta da cantora Olga Ribeiro, que já trabalhara com Flávio Paiva em projetos semelhantes, voltados à molecada, tão carente de boas opções do gênero, nos caminhos mais óbvios da babá-televisão.

Entre as histórias, narrativas como “A menina do pé pulador”, “O susto da sereia dorminhoca”, “O piolho ciumento”, “O carneirinho medroso” e “Elói cara de rói-rói” oferecem sugestões à fantasia infantil, com textos suscintos e entremeados por diálogos. “Na combinação da música com a literatura, sinto uma das mais fantásticas expedições de descoberta, no sentido da vida. Ler e cantar é receber do jogo dos sons e das palavras a oportunidade de receber visões”, diz o autor, sobre a lida de descobrir e verbalizar encantos – literários, musicais e também imagéticos – para as crianças.

Um trabalho pelo qual Flávio Paiva já recebeu várias mostras de reconhecimento, tanto de escolas que adotaram seus livros, quanto de prêmios como o Nelsons (da música cearense, de melhor compositor de música infantil e melhor disco da área) e o Jabuti, de literatura, do qual em 2002 foi finalista, na categoria livro didático, com a primeira versão de “Flor de Maravilha”, publicada em 2001, trazendo música, jogos e brincadeiras.

As canções que fazem parte de “Flor de Maravilha” foram compostas pelo próprio Flávio, sozinho ou em parceria com Tarcísio Sardinha, João Monteiro Vasconcelos, Alberto Lima e Ângela Linhares. Além da esposa do autor, Andréa Pinheiro, com quem ele assina “Lucas” e “Artur”, em homenagem a seus filhos, de cinco e três anos de idade, respectivamente. Assim, o autor pode dizer que mais recentemente aborda o universo infantil com pleno conhecimento de causa, uma vez que já incursiona pelo gênero pelo menos desde 1994. De lá para cá, concebeu os discos “Rolimã”, “Terra do Nunca”, “Samba-le-lê” e “Bamba-la-lão”.

Para marcar o lançamento do novo livro-disco, a partir das 18h, na Bienal, será realizado um debate, contando com a participação das professoras da Universidade Federal do Ceará Inês Sampaio e Solange Kate e da estudante do ensino fundamental Ana Luiza Ferreira. Fica a dica para um programa de domingo diferente, para pais e filhos, entre histórias e canções especialmente preparadas para a criançada.