Diário do Nordeste, Negócios, 20/11/2000
CHAMADA
Os 5 Elementos: Os 5 elementos é o título de capa do livro de autoria de Flávio Paiva e João de Paula Monteiro, que será lançado hoje, durante reunião do Pacto de Cooperação. O livro trata do trabalho de cooperação entre vários agentes econômicos.
Os 5 elementos é o título de capa do livro de autoria de Flávio Paiva e João de Paula Monteiro, que será lançado hoje, durante reunião do Pacto de Cooperação, às 7:30h, no Hotel Plaza Praia Suítes. A conexão entre agentes autônomos complementares que cooperam para atingir objetivos convergentes é o conceito da essência da Gestão Compartilhada no Pacto de Cooperação de que trata a obra, que também será lançada, no dia 27 desse mês, na Federação do Comércio do Distrito Federal, em Brasília.
A Gestão Compartilhada se fundamenta no tripé Sociedade, Governo e Mercado, explica Flávio Paiva. Na visão de João de Paula, a ação para produzir qualidade de vida para todos os cidadão tem que ser “includente, integrada, sustentada e autônoma”. Os 5 elementos do livro são: Cooperação; Pluralidade; Informalidade; Virtualidade e Catálise. “Combinados, os cinco elementos propiciam a formação de nova cultura. Quando se cruzam, são geradores de outros elementos”, explica Flávio Paiva.
A obra é o resultado de 9 anos de vivência dos autores no Pacto de Cooperação, criado a partir de outubro de 1991. Os autores esclarecem que a intenção da obra não é historiar a evolução do Pacto. “Evitamos deliberadamente a análise do contexto sócio-econômico do qual o Pacto atua, como forma de preservar o foco que escolhemos. Nosso propósito é tão somente apresentar análises sobre o que consideramos exemplaridades, na esperança de que elas possam ser úteis na avaliação do nosso próprio rumo e como referencias para o debate a respeito de movimentos semelhantes”.
MODELO DE GESTÃO – O Pacto de Cooperação fruto da ação cotidiana de muitos líderes que têm sido fundamentais para o seu sucesso. Hoje, o Pacto de Cooperação ou instrumentos semelhantes existe na maioria dos Estados brasileiros. O Pacto ganhou notoriedade nacional e referências internacionais como instrumento original de articulação de lideranças da sociedade, dos poderes públicos e do mercado, buscando a co-responsabilidade pelo desenvolvimento includente, integrado e sustentável do Estado, destacam os autores do livro.
A Gestão Compartilhada tem como objeto o trato de assuntos do interesse convergentes dos que cooperam. Ela se exerce através da articulação entre eles. “É, portanto, um modelo de gestão que se aplica às interface dos cooperantes. Sob variadas formas, faz conexões entre diferentes tipos de gestão, criando novos canais de interação entre pessoas, grupos, movimentos e organizações, tecendo assim uma teia que promove a cooperação do todo e preserva a identidade das partes”, diz João de Paula.
OS ELEMENTOS – O elemento Pluralidade agrega a sabedoria da mistura étnica, política, ideológica, de gênero, cultural e religiosa. Sua diversidade legitima a comunhão de vontades. Ela vacina contra o grupismo e o corporativismo; inclui as partes no todo; aproxima os que não deviam estar separados e os ajuda no pensar sistêmico. A Virtualidade compõe a teia do equilíbrio dinâmico do movimento. É o chamado espírito do Pacto. Com sua clareza, abstração, facilidade de transposição de fronteiras e interligação.
Segundo os autores, a Informalidade, caracterizada pela ausência de razão social, estatuto, sede, corpo dirigentes e funcional, possibilita a ocupação de espaços e o uso de recursos em conformidade com as demandas de cada ação, maximizando a expansão da rede de cidadania.
Com a Cooperação, dá-se o aproveitamento das riquezas acumuladas pela variedade das experiências coletivas e individuais.